Muitos acusam a Idade Média como um “tempo de trevas” na
História, e não tem como não pensar isto se não abrirmos os olhos e olharmos
para o alto, pois neste lugar é que se encontram as luzes deste período, ou
seja, os inúmeros santos e santas. Henrique e Cunegundes fazem parte deste
“lustre”, pois viveram uma perfeita harmonia de afetos, projetos e ideais de
santidade.
Henrique
era filho de duque e nasceu num castelo na Alemanha em 973. Pertencia à uma
família santa e por isso foi educado também por cônegos e, mais tarde, pelo
bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma especial formação cristã.
Conta-se que espiritualmente ele preparou-se intensamente para assumir o trono
da Alemanha, mas isto sem saber, pois ainda jovem sonhara com estas breves
palavras: “Entre seis”; e
com isto interpretou primeiramente que teria seis dias antes de morrer, mas,
como não aconteceu, preparou-se em vista de seis meses e em seguida seis anos
até, por Providência, assumir o reinado.
No
caso de Henrique o adágio de que “por trás de um grande homem está uma grande mulher”funcionou,
pois casou-se com a princesa de Luxemburgo, Cunegundes, uma mulher de muitas
virtudes e inúmeros dons ao ponto de ajudar por 27 anos seu esposo na
organização do império e implantação do Reino de Deus. Com a morte de Henrique
II e seu reconhecimento de santidade, Conegundes foi morar num mosteiro, onde
cortou o cabelo, vestiu hábito pobre e passou a obedecer suas superioras até ir
ao encontro de Henrique no céu, isto quando tinha 61 anos. Sendo assim, ambos
morreram sob a coroa de Sacro Romano no império terrestre e a coroa da Glória
no império celeste.
Santo Henrique e Santa Cunegundes, rogai por nós!
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