Na Ética religiosa a Fé, a Esperança e a Caridade são chamadas teologais, porque não são elas produtos de um hábito, pois o homem não as adquire através de seu próprio esforço.
A Fé é o assentimento do intelecto que crê, com
constância e certeza, em alguma coisa. A prudência, a fortaleza, a justiça e a
moderação podem ser adquiridas. Ninguém gesta dentro de si a Fé; ou a tem, ou
não.
A Esperança é a expectação de algo de superior e
perfeito. A Esperança não é o produto de nossa vontade, mas de uma
espontaneidade, cujas raízes nos escapam, porque não é ela genuinamente uma
manifestação do homem, mas algo que se manifesta pelo homem, porque não
encontramos na estrutura de nossa vida biológica, nem da nossa vida
intelectual, uma razão que a explique.
A Caridade é a mãe de todas as virtudes como dizem os
antigos, e diziam-no com razão: é a raiz de todas as virtudes, porque ela é a
bondade suprema para consigo mesmo, para com os outros, para com o Ser
Infinito. A caridade, assim, supera a nossa natureza, porque, graças a ela, o
homem avança além de si mesmo, além das suas exigências biológicas.
Não são o produto de uma prática, porque pode o homem praticar a caridade sem tê-la no coração; pode o homem exibir uma crença firme, sem alentá-la em seu âmago; pode o homem tentar revelar aos outros que é animado pela esperança, sem ressoar ela em sua consciência. (Santos, 1965)
Não são o produto de uma prática, porque pode o homem praticar a caridade sem tê-la no coração; pode o homem exibir uma crença firme, sem alentá-la em seu âmago; pode o homem tentar revelar aos outros que é animado pela esperança, sem ressoar ela em sua consciência. (Santos, 1965)
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